Com axé da Bahia, Nalanda faz sucesso em solo gaúcho

            Ela veio para fazer história em Porto Alegre. Desde 2010 em terras gaúchas, a artista se diz realizada com a carreira que construiu no estado

             Uma nova voz vem chamando a atenção dos gaúchos que frequentam a noite de Porto Alegre. Muito mais do que isso, ela tem se destacado pela autenticidade, carisma e personalidade, tanto nos palcos, quanto nas redes sociais. Estamos falando de Nalanda Cazzuni, 35 anos, que chegou para dar uma nova cara as baladas gaúchas. Com um estilo próprio, uma voz encantadora e uma humildade sem tamanho, a cantora recebeu nossa equipe para um bate-papo incrível. O encontro, realizado no Dado Pub Moinhos, em Porto Alegre, rendeu horas de uma conversa descontraída e, por muitas vezes, emocionante!

Mas não se enganem! Todo esse talento não surgiu no nosso estado, apesar de a artista ser gaúcha de coração. Nalanda nasceu em Salvador, Bahia, cresceu em Foz do Iguaçu, no Paraná, onde começou a carreira. Foi lá que participou de diversos festivais, realizou cursos e se desenvolveu musicalmente. Aos 13 anos de idade, a artista já cantava profissionalmente. Após se mudar para Salvador, participou, em 2002, do programa Fama, exibido pela Rede Globo. Foi a segunda colocada na classificação geral, mas o maior prêmio foi o reconhecimento e a nova fase na carreira que chegou com 5 músicas que se tornaram temas em novelas da TV Globo. A mais importante delas, “Sensível Demais”, composta por Jorge Vercillo e tema da novela Chocolate com Pimenta, exibida nos anos de 2003 e 2004.

A chegada ao Rio Grande do Sul aconteceu em 2010, após passar pelos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A artista já havia feito show no estado, mas foi neste ano que chegou “de mala e cuia”. A mudança para cá aconteceu em função do marido, o gaúcho Thiago Neves, conhecido artisticamente como Mágico Kronnus. Mal sabia ela que o mercado gaúcho daria início a uma nova fase profissional e pessoal.

Emocionada ao falar da maneira como foi recebida, Nalanda encheu os olhos de lágrimas. Não foi fácil estar longe da família e ter que se adaptar a um novo ambiente. Entretanto, por aqui, não faltaram boas-vindas. “Eu acredito que os gaúchos são rígidos, mas são doces. Sabem ser acolhedores. Aqui encontrei um povo quente, receptivo, batalhador. Não senti resistência. Muito pelo contrário. Fui abraçada”. Além disso, as novas raízes criadas deram espaço ao processo mais transformador na vida de um artista: o autoconhecimento. “Tenho plena certeza que ter vindo para Porto Alegre foi o ponto mais importante da minha carreira. Foi onde amadureci e finalmente consegui construir minha personalidade na música”, completa.

Dois anos após ter chegado ao RS, Nalanda conseguiu dar início ao seu trabalho autoral. Dirigida pelo Produtor Musical Marco Lafico, ela admite, com toda a humildade, que a experiência que tem como intérprete, não possui como compositora, apesar de colecionar cerca de 20 composições próprias. Entretanto, garante que foi aqui que conseguiu criar os próprios sons, passou por um profundo processo de autoaceitação e se encontrou. “Eu tive um compreendimento de que o que você diz e escreve é tão importante quanto o que você canta. Aqui fui acolhida, muito abraçada. Foi… (pausa, emoção, lágrimas) muito bonito”, completamente emocionada. Recomposição e seguimos a entrevista.

Nalanda compõe o repertório de shows com uma mescla de músicas autorais e interpretações de consagrados músicos brasileiros e internacionais. Entre eles, Lulu Santos, Charlie Brown, Alok, Jota Quest entre tantos outros. Inspirada por artistas como Ellie Goulding, Bon Jovi, Guns, Shakira, Kate Perry, Ivete Sangalo e Anitta, ela se destaca pela versatilidade. “Eu me defini como uma cantora pop justamente para não ter definição. Eu quero ter uma fase mais acústica, mais country. Gosto de experimentar”, ressalta.

Hoje, muito mais do que uma artista, Nalanda se tornou uma marca e usa isso com muita responsabilidade. Através das redes sociais, ela mostra a personalidade totalmente autêntica, com um estilo próprio. As 17 tatuagens que possui pelo corpo não escondem a mulher cheia de atitude que sobe aos palcos sempre com a intenção de emocionar e divertir. “A música é tudo para mim”, afirma. Além disso, a artista divulga a rotina que tenta manter com a prática de pilates e alimentação saudável. Para ela, influenciar positivamente os seus mais de 11 mil seguidores no Instagram, é um dever. “Acredito que é preciso vender saúde, desde que isso seja a sua verdade. Saber que inspiro alguém a ser melhor é uma satisfação”, completa.

Dividindo o tempo entre o marido, agenda de shows, viagens, exercícios, reuniões, ensaios e administração da própria carreira, a artista ainda arranja tempo para planejar 2018. Ela pretende trazer a família para morar no sul. Além disso, também busca, junto com outras duas sócias, Marina Barnaske e Shayana Penz, atuar em produções de festas e no entretenimento noturno. O projeto será lançado ainda neste ano. Os planos não param por aí. Nalanda também almeja criar uma marca de roupas e investir em algum segmento de beleza.

Já na vida pessoal, os 35 anos completados em novembro chegam junto com uma nova fase. Ela acredita que a experiência e a maturidade ajudaram tanto no desenvolvimento pessoal, como profissional. “Hoje eu tenho uma consciência corporal e mental muito maior. Eu me aceito, me reconheço. Me sinto mais jovem do que há 5 anos atrás. Estou em uma fase maravilhosa”, ressalta. Indagada sobre o que a música representa para ela nesse momento, sem nem pensar e com os olhos brilhando, respondeu: “a música é o meu motor, é o que me move. É o meu motivo para todos os sentimentos. Não vou deixar de cantar”, conclui.

 

Por Luisa Bergonci|Fotos divulgação

Publicado na revista Gente que Faz edição 37

 

 

 



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