Werner Schünemann, um artista cidadão e corresponsável
Publicado em 9 de julho de 2018Prestes a comemorar 60 anos – fez 59 no último dia 21 de fevereiro -, Werner Schünemann disseca suas ideologias, opiniões e decepções com o País e a cidade em que nasceu, Porto Alegre, enquanto se defende da violência no Rio de Janeiro que escolheu para viver e trabalhar. Na van a caminho do Projac para gravar as últimas cenas de seu Conselheiro Francisco, de “Tempo de Amar”, novela das seis da Globo, o gaúcho que participou de clássicos da cultura daqui – como o grupo teatral Vende-se Sonhos e a criação da Casa de Cinema de Porto Alegre – bate um papo fluido, via whatsapp, com a reportagem de Gente que Faz. E expõe suas ideias sem papas na língua, instigando com suas (muitas) reflexões sobre cidadania e atitude. “Eu sempre pensei, nas muitas coisas que já fiz na minha vida, ‘puxa, isso vai levar muitos anos para acontecer’. Mas então vou começar hoje! Se eu começar amanhã, vai demorar ‘muitos anos e um dia’. Eu sempre tive esta postura: se a gente não começar hoje, deixar para semana que vem, é uma semana a mais que você vai levar para concretizar o que quer que seja.” Imagina se a conversa tivesse ocorrido numa mesa de um café, de um bar…
Werner, você costuma se envolver em causas. De que forma isso ocorre na sua vida, você se acha obrigado, por ser artista, a colaborar de alguma forma com a sociedade?
Envolvimento, para mim, é uma coisa natural. Eu me sinto muito cidadão, no sentido de ser corresponsável pelas coisas no lugar onde eu vivo e a respeito do que eu vejo. Eu sempre penso que as soluções só podem vir de um lugar, que é daqui onde nós vivemos. Os legítimos autores das soluções somos nós mesmos. Se, por acaso, no nosso sistema de democracia representativa, elegemos pessoas para nos representar em determinadas coisas e elas não nos atendem, não significa que toda democracia representativa não sirva. Nós é que a estamos usando de forma equivocada. Mas eu sempre me senti assim! Sou um ex-professor de História. Eu já era ator e diretor de cinema, no tempo da faculdade e, até hoje, gosto e estudo História. E isso me faz envolvido com essas causas, algumas muito mais, digamos, prementes nas vidas individuais das pessoas, como o câncer, e outras que são lutas grandes, transformações necessárias, como a campanha ElesPorElas.
A HeforShe, da ONU.
Exatamente. Precisamos mudar uma cultura de violência que nós temos contra as mulheres, mas podemos ampliar isso, contra uma cultura de violência em geral. As pessoas ainda acham que uma palmada no filho pode ser pedagógica. E assim a gente forma o machinho, aquele que depois vai espancar a namorada. Nós temos que quebrar essa sequência quase que genética de violência. São movimentos de grande duração. Fiz 59 anos e isso não vai se resolver na minha vida, e talvez nem na vida dos meus filhos, mas tem que haver um grande movimento em prol deste combate. MMas eu já estou falando muito.
Não, é muito importante o que estás falando.
Eu sempre pensei, nas muitas coisas que já fiz na minha vida: puxa, isso vai levar muitos anos para acontecer. Isso vai levar uns cinco anos para fazer, óquei, então vou começar hoje! Se eu começar amanhã, vai demorar “cinco anos e um dia”. Eu sempre tive esta postura: se a gente não começar hoje, deixar para semana que vem, é uma semana a mais que você vai levar.
Em “Tempo de Amar” você interpreta o Conselheiro Francisco. O personagem era casado, a mulher bastante doente, e ele se apaixona por outra. Como você vê esta situação?
A pergunta está um pouco antiga, a mulher já morreu (risos)… Mas, sobre o significado do personagem, a pergunta permanece! Esse personagem tem uma coisa muito legal: ele é um homem muito íntegro e correto. Homens muito corretos têm dilemas que vêm do coração. Ele ainda tinha uma mulher viva, mas em um estado quase catatônico, na cama, ausente do mundo, e em raros momentos de grande histeria. Anos depois, ele se apaixona por outra mulher, a Celeste, que sabe da existência da primeira. Ele deixa claro que não vai abandonar a mulher. Imagina, só por que a mulher ficou doente, o cara vai se separar por que se apaixonou por outra, não se faz uma coisa dessas. Ele tem o direito de tentar levar a vida e sabe que essa mulher que ele amou e continua amando, mesmo doente, não vai voltar. Esses são impasses muito legais, impasses morais.
E a sua parceria com o diretor Jayme Monjardim, vem desde o tempo da “Casa das Sete Mulheres”, certo?
Sim, fizemos “A Casa das Sete Mulheres”, na tevê, depois “Olga”, no cinema. O Jayme é um grande parceiro, um irmão que eu tenho. Com ele, eu acabo me sentindo estimulado a tentar coisas, em termos de técnica, bem coisa de ator mesmo, como ousar em coisas que eu não faço ou não tinha feito ainda com outros diretores. Isso é uma coisa de empatia, do tipo de relação, com cada diretor você chega a alguns lugares, digamos, da tua capacidade.
Você constroi uma história individual com cada um.
E isso se reflete no trabalho, com o Jayme é muito positivo. O Conselheiro e a Celeste Hermínia (interpretada por Marisa Orth) são um grande sucesso na novela, de público, nestas pesquisas de opinião. Eu e Marisa estamos felizes com este esse sucesso, mas isso se deve muito não apenas ao Jayme, mas a outros diretores muito legais, como o Adriano Melo, que é o diretor geral, e a Teresa Lempreia, não vou citar todos, que são cinco ou seis. Mas todos nós temos uma relação muito boa de trabalho. Quando vi que esta novela era com o Jayme, o Alcides Nogueira – que é um autor que eu admirava há muito tempo e não tinha trabalhado ainda… E era uma novela histórica, de época, e um personagem que eu acabei descobrindo muito parecido com o gaúcho Oswaldo Aranha.
Sério? Que bacana!
É, tem relação. A Bia do Lago, uma das autoras, junto com o Alcides, tem uma relação familiar com um descendente do Oswaldo Aranha. A Teresa Lampreia, que é a outra diretora, é filha de um diplomata nosso, já falecido, o Luis Felipe Lampreia. De qualquer maneira, é um personagem que eu fui baseando em pessoas e referências reais, e que é muito bom de fazer. Quando eu consigo dar uma circunstância histórica ao personagem, ele cresce. Eu consigo entender ele de alma, coração e no momento em que ele está inserido. Tem uma frase do filósofo Ortega y Gasset, em que ele diz que “o homem é ele mesmo e suas circunstâncias”. E eu gosto de construir personagens assim: ele e suas circunstâncias.
Você diz que não acredita em Deus. Mas, volta e meia, sua carreira está relacionada, de alguma forma, a um personagem ligado a religião. Você participou da encenação da “Paixão de Cristo”, viveu “Emmanuel” no cinema e narra uma série sobre a Igreja Luterana. Em que medida essas experiências no trabalho te trouxeram uma nova vertente de pensamento sobre espiritualidade?
O assunto religião é um dos meus preferidos. Eu tenho uma pequena biblioteca caseira, de consulta mesmo, e uma das grandes estantes é sobre esse tema. A religião é uma criação humana sensacional, é construir o cosmos a partir das necessidades das pessoas. Não passei por experiências místicas através dos personagens. Não se trata disso, mas de entender religião e o que é uma pessoa que tem fé. No caso do trabalho sobre Lutero, a fé dele talvez não seja tão importante quanto as transformações que ele provocou, o que nem era a sua intenção. Ele queria ser católico, mas a igreja não aceitou suas ideias, interessantes, por sinal. Ensino público e gratuito para ambos os sexos, nunca antes na história da Humanidade isso havia sido proposto. Começou com Lutero, em alguns principados da Alemanha. Ele queria propor transformações como essa, não uma nova Igreja.
É, foi a Igreja Católica que não o quis mais.
Exatamente, pois ele era transformador demais. Eram posições sobre as quais podemos dizer “como pode um cara desses ter escrito uma coisa dessas, sendo um pastor, um padre…”. Tem certas coisas a respeito de guerra, de violência, antissemitismo, que ele não deveria ter escrito. O legado é extremamente positivo. A ideia dele de graça no lugar de perdão é fundamental e extremamente sofisticada dos pontos de vista filosófico e psicológico. Fui na Igreja Luterana, estudei a teologia e não vou entrar em detalhes, os luteranos sabem do que eu estou falando. A graça é uma transformação fundamental, uma possibilidade que a Humanidade não tinha pensado ainda. Assim como o Budismo apresenta certos pressupostos que, até Sidarta, nunca tínhamos pensado. Maomé também introduziu certas ideias que o mundo não tinha pensado. Podemos ir até os gregos, romanos ou religiões afro… Há instâncias psíquicas e espirituais que não tinham sido cogitadas ou descobertas até então, como o Apóstolo Paulo, o Ezequiel no Velho Testamento. Eu gosto muito do Velho Testamento, é mais livro de religião, tem as histórias de Jó, do sacrifício de Abraão, estas histórias mobilizam a gente no coração. O Novo Testamento é meio uma reportagem sobre um personagem, Ele; o Velho é sobre nós.
Sente-se mesmo sua paixão por História…
Isso, por História. Adoro religião, posso falar horas sobre isso. Acreditar ou não em Deus não tem nada a ver com o assunto. Não importa, teologia é sensacional.
Você sempre foi engajado politicamente. Como tu vês a situação do nosso país, do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre?
Neste momento, eu moro no Rio de Janeiro, o pior lugar do Brasil. Tudo que no Brasil é ruim é pior no Rio de Janeiro. Bairrismo, a maneira irresponsável que o governo trata o cidadão, e assim por diante. Talvez, se eu viajasse e passasse um tempo fora, eu fosse descobrir, nos jornais e revistas de fora do Brasil, que isso é um fenômeno mundial. A Inglaterra está dividida de uma forma violenta e facínora do jeito que nós estamos nas redes sociais. Nos EUA, agora o Trump está sugerindo professores armados para a segurança. Temos o Le Pen, na sua proposta misógina, racista e xenófoba, na França. Na Alemanha, novamente. Tudo isso é do radicalismo, dos dois lados. Nós estamos sendo atrapalhados com esse radicalismo e impedindo a nós mesmos de fazer política, que não é eu me impor hegemonicamente ao meu adversário, mas conseguir a hegemonia pela negociação. Eventualmente, abrir mão do que é melhor para o meu partido em detrimento do melhor para a sociedade. Isso acontece em Porto Alegre, no RS, no Brasil, no Rio. Cada grupo tem suas ideias como mais importantes do que o contexto geral.
Por exemplo?
Vamos dizer assim: se o golpista Temer apresenta uma ideia que é boa, não posso concordar com ele, pois eu e meu partido discordamos do golpe. Esse tipo de postura… Eu citei logo o Temer, por ser o homem que tem menos simpatizantes no Brasil. Nessa tentativa de intervenção militar que ele acredita que vai dar certo, eu tenho minhas dúvidas. Ele fez errado, mas já está feito. Eu queria que entrassem com um processo contra ele no Supremo, eu não quero paralisar o governo só para derrubá-lo. O Brasil tem que andar.
E em Porto Alegre?
A mesma coisa na Prefeitura de Porto Alegre. É um descalabro. O Baby – assim eu chamo o Prefeito, por ele não ser um homem maduro e nem ter posições equilibradas… Um Deputado pode ser um pouco mais enfant terrible, transgressor, digamos assim. Quando você é Prefeito, Governador ou Presidente, tem que puxar mais o seu lado estadista. Aí todos eles assumem o cargo dizendo que governarão para todos, o que é mentira. Inclusive para os que votaram nele, ele está fazendo surpresas que decepcionam. Eu estava na aí quando ele viajou para Paris e descobriu que poderia colocar carregadores de celular nas paradas de ônibus. Com a falta de capacidade de diálogo que ele tem com a oposição, é isso que mais acontece. Tanto a oposição como a situação está sendo burra. Com isso, nada anda e nós, como cidadãos, também não andamos.
Você sempre defendeu suas posições políticas.
Eu sempre tive as minhas posições muito marcantes. No momento, eu tenho uma grande decepção: primeiro com os partidos, tenho amigos em vários e alguns em que já votei. Depois, com a minha geração, e até a anterior a minha. Nós acabamos com a Ditadura Militar e fizemos a coisa mais importante do Brasil, a Constituição de 1988, a primeira da Democracia. A nossa geração tinha esse compromisso e fez. Depois disso, só fizemos merda. Os dois governos de FHC e os dois do Lula foram bons governos, muito parecidos, pautados na socialdemocracia, e levaram o Brasil a um bom estágio.
Antigamente, a agenda liberal levava os brasileiros a usufruir do que o Brasil fazia. Mas, no meio disso, a gente começa a ver Mensalão do PT e do PSDB, escândalos da Petrobrás e das construtoras. Quando eu era estudante, em 1978, a gente já falava desse favorecimento dos governos da Ditadura às construtoras, eu lembro disso.
Cai de maduro você comentar sobre as políticas públicas para a cultura, as leis de incentivo. Você foi presidente da APTC, da Fundacine. O que tu pensas sobre o cenário para empreender na área cultural?
Nós temos um modelo de incentivo baseado em renúncia fiscal, em 3% do imposto devido. Em todos os países há incentivos para a produção cultural não comercial. Não precisaria de incentivo para, por exemplo, uma novela na Globo. Para um artista plástico, restauração de museus, sim. Você não deixaria de restaurar por ele não dar lucro. Nem tudo o que o Governo faz dá lucro, como o Exército ou o Judiciário, tão necessários como cultura e arte. O Gilberto Gil, na época em que eu era presidente da Fundacine, falou uma frase que passei a usar muito: “O povo sabe o que quer e também quer o que não sabe”. Essa frase define como nós vamos fazer a primeira exposição artística com Renoir, no século XIX, que foi vaiada, execrada, por acharem aquilo despudorado e de mau gosto. Nós temos que dar o crédito ao artista como a um jogador de futebol, que pode ser craque ou ser um baita profissional em qualquer área. Temos poucos mecanismos de financiamentos para incentivar teatro, música em geral e fiscalizados com rigor. Eu já tive uma empresa e ela não passou por toda essa auditoria. Os desvios de destino são raros.
Qual o principal problema da Cultura no Brasil?
Há uma falta de planejamento de longo prazo. Fui presidente da Fundacine, pública mas de direito privado. No primeiro ano de trabalho, projetamos 15 anos de trabalho. Os dez primeiros foram satisfatórios. Falta esse planejamento para a cidadania, para as gerações dos meus filhos e netos. Os políticos ficam presos a picuinhas. Que eles, se acham que não dá para fazer, saiam e liberem para quem quiser fazer, como o Meirelles em relação à Reforma da Previdência. E para as navegações, como as de cabotagem? E o planejamento naval para grãos? E as estradas, sempre uma dificuldade, uma recapagem temporária, como de Porto Alegre a Florianópolis, a duplicação da BR-116… Nada saiu do papel como planejado, lá foi o Tribunal de Contas reprovar. Se não houver uma utopia da sociedade e de país, teremos de quê?
Werner, você se dividiu um tempo entre Porto Alegre e Rio. Hoje você mora no Rio de Janeiro?
Na verdade, eu vim para o Rio em 2002, para fazer “A Casa das Sete Mulheres” e fiquei. Em 2010 comprei uma casa para a família em Porto Alegre e eu também tentei voltar. Foi muito ruim morar em hotel. Acabei me separando e fiquei no Rio.
Os teus filhos estão contigo ou em Porto Alegre?
Meu filho Arthur mora com a mãe em Porto Alegre. Minha filha Dagui estuda Arte na Universidade do Porto, em Portugal.
Dia desses, você deu um depoimento interessante sobre como você e Tânia encaminharam a separação com seus filhos.
Eu e a Tânia nos damos muito bem. Quando vou a Porto Alegre, me hospedo lá. Meu filho mora lá, compramos juntos aquela casa e fizemos uma reforma. Eu gosto daquela casa e tem lugar para mim lá.
Mas você há de concordar que sua postura é diferente da maioria dos homens gaúchos…
Das pessoas em geral. Aqui no Rio de Janeiro saem no tapa. Eu acho que a gente não vive melhor porque temos umas ideias bobas na cabeça. Confundem relacionamento com posse material, na hora da separação. A gente construiu uma família e, quando a relação entre marido e mulher mudou de status, não deveria virar ódio. Jamais vou deixar de amar quem eu já amei, ela só ocupa um outro lugar no coração. Simplesmente, não entra na minha cabeça deixar de gostar de um filho. Podemos ser um pouco mais maduros.
Você sai diferente do que você entrou na relação. Esta pessoa te ajudou a construir uma outra pessoa.
Claro que sim, eu ajudei a construir esta outra pessoa. E a gente tem um projeto juntos que é uma família e ela continua existindo. O grande exemplo é o enteado: você se separa da mãe dele e ele passou a ser “seu filho”, você se separou da mãe dele e não dele. Eu tenho uma relação social civilizada, afetiva com pessoas tão diferentes de mim, com quem eu não tenho nenhuma história, com colegas, chefes, com as famílias deles, e não vou conseguir ter com a mulher que eu amei e tive filhos? Ah, para, aí o problema está na sua cabeça mesmo, deveria se tratar. Não entra na minha cabeça essa tentativa de justificar, essa autocomplacência. Falar mal do ex marido para os filhos, dar piti por causa de companheiro, justificando estar magoada… Não pode ficar magoado e de boca fechada (risos)?
Qual a tua memória mais remota da carreira artística?
Essa pergunta é difícil mesmo. Lembro quando eu comecei a fazer teatro e música, na escola. No teatro eu me sentia muito bem, nos bastidores. Na medida em que eu fui crescendo, passei a me identificar também com o cinema. Sempre li muito, também. Agora estou lendo “A Vida Privada da Época Romana e Medieval”, não me lembro o nome do autor, mas é um livro muito interessante, sobre ritos e costumes. Eu sempre quis fazer cinema e teatro, a televisão ficava muito longe de mim. Os convites que vinham não eram legais: ou os personagens não eram bons, ou o dinheiro também não. Só fui aceitar aos 44 anos o personagem do Bento Gonçalves. Eu resolvi fazer e descobri que adoro fazer.
O que mudou na sua vida depois que você foi para a Globo? Como lida com a popularidade? Como o público costuma lhe abordar?
A vida muda toda, nunca mais é a mesma. Nunca mais estou sozinho nos lugares, diminuiu a privacidade. É muito emocionante sentir o carinho do público pelo meu trabalho, uma emoção de reconhecimento que não se tem tanto no teatro. A televisão é um fenômeno de massa, fico pensando no capítulo da novela sendo assistido por uns 60 milhões de pessoas. É sensacional.
Por Andréa Lopes
Fotos divulgação
Publicado na edição 38 da Revista Gente que Faz