Pedro Andrade cai na Roubadinha de Laura Bier Moreira

Referência no Brasil e exterior, Pedro Andrade recebeu Laura Bier Moreira em Nova York para uma entrevista exclusiva sobre carreira e estilo de vida

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Do sonho de ser tenista profissional ao empreendedorismo digital. Laura Bier Moreira, 27 anos, é mais uma jovem empreendedora referência no Rio Grande do Sul. Com um sorriso fácil e brilho no olhar, a gaúcha esteve recentemente nos Estados Unidos e com toda sua desenvoltura, conquistou o carinho de Pedro Andrade, jornalista e apresentador do programa Manhattan Connection, em Nova York. Com uma energia contagiante, Laura conversou com a nossa equipe e contou o segredo de tanto sucesso: simplesmente ser positiva e acreditar de corpo, alma e coração no seu próprio negócio.

IMG_7956Laura é a fundadora do Roubadinhas, uma plataforma digital de divulgação e promoção de bares, restaurantes e lanchonetes em Porto Alegre. O negócio consiste em compartilhar experiências gastronômicas nas redes sociais. Quem não quer dicas de lugares para comer bem em família, com os amigos ou até em um encontro romântico? Esse é o objetivo principal: unir estabelecimentos agradáveis com uma boa culinária para o público que gosta de dar uma roubadinha na dieta.

Ao contrário de muitas blogueiras fitness na internet, Laura busca o equilíbrio. Inspirada nos dois lados dos perfis das pessoas no Instagram (pessoas acima do peso que comem comidas calóricas e pessoas magras que só comem alimentos saudáveis), a empreendedora resolveu criar o seu próprio viés. “As pessoas estão perdidas. Comer é um dos maiores prazeres da vida. Eu sou uma pessoa normal, com um corpo normal, que gosto de malhar e amo comer. Acredito na compensação”, ressalta. É exatamente isso que ela mostra nas redes sociais, que são apenas o reflexo do seu estilo de vida autêntico. “Para mim funciona comer e compensar e é isso que vou compartilhar. O público estava carente de conteúdo na internet sem neura e eu vim pra trazer isso”, completa.

Longe de incentivar maus hábitos, o objetivo é justamente o contrário. “Eu incentivo que as pessoas sejam leves. Vai te trazer felicidade comer um negrinho? Coma e aproveite. Mas não esqueça de compensar na atividade física no dia seguinte”. Preocupação com a balança ou corpo ideal passa longe do Roubadinhas. A ideia é diversão e viver a vida sem neuras, desde que de forma saudável para o corpo e a mente.

O projeto apareceu de forma natural e para Laura, foi o que fez tudo dar tão certo. “Quando é para ser, tudo se encaixa”, define. Na época, a jovem trabalhava com o pai na Protenis, empresa promotora de eventos esportivos. Desde criança, Laura se dedicava aos treinos de tênis e sonhava ser uma atleta profissional. Competia em diversos campeonatos e chegou a morar em Miami, nos Estados Unidos, onde jogou profissionalmente. Mas uma lesão mudou tudo: o rompimento dos ligamentos do tornozelo e um longo ano de recuperação física a fizeram ficar em Porto Alegre e procurar um novo caminho profissional para seguir.

Mas não foi aí que o Roubadinhas apareceu. Laura passou por empresas renomadas como a Schutz e Perestroika. Foi lá que ela trabalhou planejando cursos de empreendedorismo criativo e aprendendo sobre a revolução digital, da qual na época ainda não se falava muito. E é exatamente a essa experiência que ela atribui o sucesso do negócio. “O Roubadinhas só chegou onde está graças aos conceitos que vi na Perestroika. Talvez essas ideias já estivessem em mim, mas afloraram com mais facilidade”, ressalta.

A necessidade de aplicar os conhecimentos adquiridos e a sede por ir mais longe, fizeram com que Laura voltasse a trabalhar com o pai na Protenis. Em paralelo, nascia o hobby por sair para experimentar novas culinárias e, principalmente, estabelecimentos diferentes. Logo o Instagram da jovem virou uma rede de compartilhamentos de imagens e dicas de lugares para comer. O conteúdo incomodava alguns seguidores, que diziam: “Laura, tu só posta comida”. Mal sabia ela que a crítica daria espaço para um mundo completamente novo.

001Para reunir todas as dicas e posts sobre o assunto, Laura criou um perfil exclusivo para compartilhar suas experiências gastronômicas. O nome Roubadinhas surgiu de brincadeiras com o namorado, que dizia “tu adoras dar uma roubadinha na dieta, né amor?”. Quem diria que algo tão natural se tornaria um projeto incrível. O networking e o contato com as pessoas certas também foram decisivos. Para Laura é isso que faz toda a diferença. “Conheci bons profissionais e tudo foi se encaixando. Segui meu feeling e acreditei”, ressalta.

Longe de estudar estratégias de marketing para atrair novos seguidores, Laura por trás do Roubadinhas foi conquistando o público com a sua maior essência: compartilhando as melhores experiências de uma pessoa normal, que gosta de comer fora, mas que mantém uma rotina saudável de exercícios físicos para compensar todas as calorias muito bem consumidas. O resultado? Um público adepto que se identifica totalmente com o estilo de vida de Laura.

Depois de muitos convites para eventos e várias demandas de trabalho, o Roubadinhas passou a ser sua atividade principal. A fim de profissionalizar a ideia e tocar o negócio em frente, Laura decidiu fazer acompanhamento com consultoria e coaching. Hoje a empresa possui assessoria de comunicação, assessoria jurídica e uma secretária executiva para ajudar a atender as tarefas.

Mesmo depois de 3 anos e meio e mais de 57 mil seguidores, o Roubadinhas não perdeu o seu principal ideal: a experiência verdadeira. “Para mim não existe indicar algo que eu não consumi, só porque estou recebendo. Tenho um compromisso com os meus seguidores e não tem dinheiro que pague isso”, completa. A maioria dos posts não são patrocinados. Muitos, inclusive, são pagos como uma refeição de um cliente normal. A decisão de publicar nas mídias e indicar publicamente depende do gosto de Laura, já que o foco é dividir experiências com o público. Não existe indicar algo sem ter experimentado. E é por isso que o negócio dá tão certo: a preocupação e o compromisso com a verdade. “O meio digital não substitui a experiência. Muito pelo contrário. O Roubadinhas te encaminha para vivenciar aquilo e é por isso que me preocupo com a qualidade dos produtos que divulgo”, afirma.

Hoje o Roubadinhas possui um aplicativo de celular que se chama Roubadinhas por Menos. A plataforma possui cupons de descontos e promoções de estabelecimentos gastronômicos em Porto Alegre, todos visitados e aprovados por Laura. São mais de 15 mil downloadas?? . Atualmente, Laura divide o tempo entre a administração do negócio e organização de eventos para empresas que tenham o viés da gastronomia ligada ao esporte.

Em um desses projetos, Laura esteve recentemente em Nova York com uma tarefa muito criativa: dar dicas de roubadinhas na cidade, tão visitada por turistas brasileiros. O material consiste em uma lista de lugares deliciosos para experimentar e, claro, a compensação com o esporte. Laura frequentou academias, passeios de bicicleta e outras atividades que ajudam a queimar as calorias ingeridas. Quem for viajar para a capital americana, não pode deixar de conferir as dicas no canal Roubadinhas no youtube.

Nessa mesma viagem, Laura teve uma experiência incrível: a de estar bem próxima de um dos maiores comunicadores do Brasil. Pedro Andrade, 37 anos, é brasileiro e atualmente mora nos Estados Unidos, onde apresenta o programa Manhattan Conecction, transmitido no Brasil pelo canal Globo News. O comunicador é referência no país e fora dele. Já trabalhou como modelo, é escritor, palestrante, apresentador e jornalista. Mas a melhor definição vem dela. “Pensa em uma pessoa apaixonante”, diz Laura. A empreendedora aproveitou o encontro para gravar uma entrevista exclusiva para o canal do Roubadinhas no youtube. O material vai estar no ar ainda em dezembro, mas nós já adiantamos o conteúdo por aqui:

IMG_0924És uma pessoa que super admiro. Simplesmente deste um giro na tua vida. Começou como bartender aqui em Nova York e hoje em dia  és tido como uma pessoa de muito bom gosto e uma referência não só pra nós brasileiros, como mundial. As pessoas te admiram por todas as iniciativas que tu tens como o teu lifestyle, beleza, enfim, tudo… Como é isso pra ti?

Pedro Andrade:  Antes de mais nada, você é muito querida, generosa, muito linda. Você está sendo, imagina, não sou metade do que ela acabou de falar. Eu, na verdade, comecei estudando Jornalismo no Brasil. Eu nunca pensei em ser modelo, nunca fui o bonito da escola, mas o Mario Testino falou as palavras mágicas. Logo de cara eu falei que não queria, mas ele disse “você vai viajar muito”. Eu venho de uma família de classe média do Rio de Janeiro que não tinha grana para me mandar para os lugares onde eu queria ir, e eu nem sabia o que eu queria fazer direito. Na verdade, eu queria fazer qualquer coisa que me fizesse viajar. Aí comecei com alguns editoriais e comecei a entrar no mundo da moda. Viajei para a Grécia, Tailândia, França, Itália e quando eu cheguei em Nova York… Eu costumo dizer que essa cidade vivia em mim muito antes de eu viver nela.

Vi uma frase tua que acho muito legal. Tudo o que tu conquistaste não foi de elevador, foi de?

Pedro Andrade: Foi subindo escada, totalmente. Tive que fazer muito trabalho que eu acho que não tinha nada a ver comigo, tive que entrevistar muita gente e fazer cobertura de muitas histórias que não me falavam a alma, mas aprendi com todas elas.

Eu queria saber como são as produções dos teus trabalhos. Como é a tua liberdade editorial para criar?

Pedro Andrade: Eu tenho uma equipe invejável. O Pedro pelo Mundo surgiu da seguinte maneira: eu estava trabalhando ancorando o meu programa em Miami com a ABC. Aí chegou uma hora que eu tive que decidir: ou eu fico aqui em Miami ou eu volto pra Nova York, que é onde eu quero passar o resto da minha vida. Eu arrisquei. Em seguida comecei a pensar: qual o trabalho ideal, qual o programa ideal? O que eu quero? Aí eu bolei o Pedro pelo Mundo na minha cabeça. A Tatiana Issa, o Guto Barra e o Gustavo Nasser formam o producing partners, que é a produtora que faz o projeto. Quando marquei a primeira reunião com eles, pensei: “não vou chegar e falar de cara o programa dos meus sonhos. Eu quero ver o que eles querem me oferecer”. Assim que eu cheguei, parecia que eles tinham lido meus pensamentos. Eles falaram exatamente o programa que eu queria. Então eu vi que existia ali uma sintonia de ideias, de visão, que não podia ser desperdiçado.

O meu lifestyle se tornou o meu trabalho, que depende única e exclusivamente de mim. Vejo muito em ti isso. Se trabalhasses só no Manhattan Connection, daqui a pouco, chegarias em casa, colocarias em modo avião, ok, amanhã, 10 horas da manhã eu tenho que estar lá de novo. Aí  só viverias aquela realidade de novo no outro dia. Como tudo é linkado a ti, é difícil de se desligar. Não é?

Pedro Andrade: Faz todo o sentido, eu concordo. E eu acho que, talvez deveria preservar esses hábitos, esses lugares, essas pessoas que fazem parte desse meu mundo que é só meu. Eu trabalho com o que eu amo. Eu amo o meu trabalho, então chega uma hora que você precisa separar esse horário pra você estar com as pessoas que são só suas em lugares que são só seus.

Indo mais para o lado do esporte, o que gostas de fazer?

Pedro Andrade: Eu não sou uma pessoa do esporte. Na época do colégio, eu era aquele que pegava recuperação em Educação Física e era o último a ser escolhido nos times. Fiz musculação e hoje eu amo praticar kickboxing. Faço de 3 a 4 vezes por semana.

Como é ser uma pessoa tão reconhecida e admirada?

Pedro Andrade: O meu maior orgulho é o fato de eu ter total certeza que eu trato a atendente do banheiro e o líder político da mesma forma, sem diferença, olhando no olho, respeitando a trajetória dessas pessoas. Não existe , pra mim,  aquela coisa de “ah, fulana de tal pode ser nojenta porque ela é quem é”. Ninguém pode ser nojento, ninguém pode maltratar as pessoas. Quando eu vejo uma pessoa muito pretenciosa,  consciente ou inconscientemente, eu acho que isso é uma insegurança. Uma falta dos valores corretos, porque a gente não julga alguém pelo dinheiro, pela posição profissional, pela classe social, sabe, e acho que é por isso também que eu posso falar com todas as raças, todas as religiões e me colocar na posição deles e tentar entender o que eles têm pra me dizer.

E aqui em Nova York, consegues circular livremente ou é muito assédio?

Pedro Andrade: Consigo. Tem bastante assédio hoje em dia, mas eu amo, assim. Em momento algum, sabe, mesmo quando eu volto do Brasil, que as pessoas querem saber onde é que eu vou, qual espetáculo ver, me dá dica, livro, mesmo nesse momento eu não me sinto invadido. Na verdade, eu adoro. Esses dias eu tirei uma selfie às três da manhã, aí eu falei “mas com essa cara?” Mas eu aceito, abraço, beijo e sou agradecido. Comigo não tem dessas, então… Pode vir conversar.

 

10 roubadinhas para dar em Porto Alegre, por Laura Bier Moreira

1) The Public Market

Rua Pedro Chaves Barcelos, 651 – Bairro Mont Serrat

https://www.facebook.com/davillacafeemporio/?fref=ts

2) Café Empório da Villa

Rua Felipe Neri, 461/101 – Bairro Auxiliadora

https://www.facebook.com/davillacafeemporio/?fref=ts

3) Lancheria do Parque

Av. Osvaldo Aranha, 1086 – Bairro Bom Fim

https://www.facebook.com/pages/Lancheria-do-Parque/204871592859530?fref=ts

4) Café loja Love It

Rua Mariland, 884 – Bairro Auxiliadora

https://www.facebook.com/cafedecorloveit/

5) Café e Prosa

Rua Dr. Mario Totta, 963 – Bairro Tristeza

https://www.facebook.com/cafeeprosazs/?fref=ts

6) Padarie

Rua Ten. Cel. Fabrício Pilar, 822 – Bairro Mont Serrat

https://www.facebook.com/Padarie

7) Complex Skate Park

Av. Protásio Alves, 3839 – Três Figueiras

https://www.facebook.com/complexskatepark/?fref=ts

8) Barbarella

Rua Dinarte Ribeiro, 56 – Moinhos de Vento

https://www.facebook.com/BarbarellaBakery/?fref=ts

9) Quintal Orgânico

Av. Nilo Peçanha, 633 – Petrópolis

https://www.facebook.com/quintalorganicopoa/?fref=ts

10) Vilaró

Rua Fernando Gomes, 140 – Moinhos de Vento

https://www.facebook.com/VilaroPoa/?fref=ts

 

Por Luísa Bergonci |Fotos divulgação

Publicado na edição 32 da revista http://gentequefaz.com/

 



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