Vidro na pauta da semana, com o Sindividros-RS
Publicado em 7 de novembro de 2018O multifacetado vidro
Onipresente nas nossas vidas e necessário na nossa rotina, material expande suas utilidades e ingressa também na arquitetura; simpósio em Porto Alegre quer mostrar benefícios e valor agregado aos participantes
Por João Carlos Dienstmann
A união da areia, o calcário e o sódio, além de outros elementos aliados a uma altíssima temperatura criou, há muitos anos, um material imprescindível nas nossas vidas: o vidro. É impossível pensarmos nossa evolução e existência atual sem contextualizar com a versatilidade e utilidade deste elemento transparente, inodoro e eficaz para resolver nossas necessidades cotidianas. Da garrafa, recipiente capaz de preservar a pureza dos líquidos; dos espelhos, para criar um cenário diferente ou para traduzir o nosso corpo e nossas particularidades; para usos em divisórias, automóveis, aviões, copos, taças. Ufa! O vidro é, sem dúvida, uma presença constante por onde passamos e cada vez mais útil para a nossa realidade.
Para tratar com maior cuidado de todas as vertentes propiciadas pelo vidro e debater sobre o mercado vidreiro, o Sindividros-RS promove, juntamente com a Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro) em novembro o 3º Simpósio Vidro Certo Sul. O evento, marcado para acontecer no Centro de Convenções da FIERGS, em Porto Alegre, contará com a presença de algumas das principais empresas do ramo no País e atrairá também profissionais de áreas como arquitetura e design, além da construção civil. Conforme o presidente do Sindividros, Rafael Ribeiro, o objetivo principal do Simpósio é tornar público os benefícios deste material “imensamente sustentável” para os participantes, além de mostrar o valor agregado em eficiência energética, desempenho e segurança que o vidro pode entregar, tanto a quem manuseia quanto a quem utiliza. “O evento surgiu da necessidade de levar mais conhecimento técnico sobre o material e apresentar as diferentes aplicabilidades do vidro como inspiração para arquitetos, designers de interiores, engenheiros, construtoras e incorporadoras”, explica o líder do sindicato.
O Simpósio ocorre no mês de aniversário da entidade, que completa 77 anos e se consolida como uma das pioneiras em todo o Brasil a tratar do assunto. Com a versatilidade do material e o crescimento da presença do vidro nas residências e comércio em geral, viu-se como necessário um maior aprimoramento dos profissionais para trabalhar as diversas faces criadas para acrescentar ou até substituir peças, como no caso das divisórias, por exemplo. Alguns arquitetos e designers passaram a se debruçar sobre o estudo do vidro e suas composições nos ambientes, a fim de gerar um impacto nas suas criações. Os vitrais, ligados fortemente às questões religiosas, começaram a aparecer nas decorações residenciais, e espelhos passaram a ser itens imprescindíveis nas decorações, pela sensação de profundidade e amplitude que produzem. Isso sem falar em seu uso tecnológico, como para reduzir ruídos, amenizar o calor nos ambientes e até mesmo para geração de energia, através de painéis solares.
Rafael Ribeiro conta que o Rio Grande do Sul possui um dos mais modernos parques industriais do segmento, comparado ao de países da Europa pela tecnologia e qualidade na produção. Isso ajuda a trabalhar as “formas quase infinitas” do material e difundi-lo no mercado, com preço adequado e voltado às necessidades de todos. “O vidro é um material indispensável em inúmeras aplicações. E possui características que quando somadas o transformam em um material sem substituto: além de inodoro e transparente, traz benefícios em estanqueidade, desempenho sonoro e de segurança”, elenca o líder do Sindividros.
Como tendência de utilização, Rafael identifica a presença como material de revestimento de pisos e paredes. O brilho e praticidade de limpeza chamaram a atenção dos especialistas em decoração no Brasil após tal prática já ser ter sido adotada em outros países há alguns anos. Para Rafael, a presença do vidro aumentará ainda mais nos próximos anos, nos imóveis atuais, recém construídos e voltados à arquitetura contemporânea, mas também nos mais antigos, com uma repaginada nos ambientes – e, naturalmente, com a onipresença do multifacetado material.
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