Questionário Proust com CAROLINE MAGAGNIN

De berço, é da encantadora Garibaldi. Foi o amor a trouxe para Arroio do Meio. A advogada e influencer, mãe da Maria Clara e da Antônia, esposa do também advogado Leandro Caser, é o reflexo de muitas mulheres: multifacetada. Mas o que a faz singular é a paixão que a move. O que a desafia, faz com toda a intensidade. Ama aprender e não tem medo de dizer que errou, desafiando-se a uma nova versão de si.

Seu estilo é um capítulo à parte. Nada básica, ela incorpora os diversos momentos do seu dia com os looks que planeja, com afinco, em casa. É uma mulher grande, que não tem medo de usar volumes. Muito pelo contrário, faz eles a deixarem ainda mais interessante. É como dizia Diana Vreeland: “Não se trata do vestido que se veste, mas da vida que o está vestindo”. “Ela é eclética, veste quase todos os estilos”, confirma Berna Marcolin.

Feminista assumida e com posicionamento político, não deixa de lado os fru-frus da vida. Numa rotina incessante que une carreira, maternidade e vida pessoal, com muita singeleza, tudo está na tela do seu celular, desde os momentos que compartilha a opiniões e divertimentos.

Em tempos de tantas caricaturas e na carência de essências, encontrar o genuinidade e a autenticidade de Caroline Magagnin é um oásis na interpessoalidade. 

Caroline Magagnin, nestas imagens, foi fotografada pela filha Maria Clara

  1. Qual é a sua ideia de felicidade perfeita?

Acredito que conseguimos chegar no ideal de felicidade quando conseguimos ser contemplativos inclusive nos momentos não tão bons da vida. Sabe aquela coisa de se entregar de corpo e alma inclusive à dor? Acredito que, além do óbvio como ter saúde, amor e segurança, ser feliz seja apreciar a caminhada e entender que o caminho tem formas tortuosas, porém necessárias para a chegada.

  1. Qual é o seu maior medo?

Tenho medo de doenças e perdas. Mas também tenho medo de não poder ser quem sou. Tenho medo das condições limitadoras que nos são impostas e que não nos permitem experimentar-nos em toda a nossa extensão.

  1. O que mais detesta em si?

Ne sei se detesto tanto, mas talvez este sentimento de achar necessário sempre me posicionar seja algo a ser revisto. Às vezes cansa!

4. E a característica que mais detesta nos outros?

Deslealdade. Não admito gente desleal, aquelas em que a gente mergulha por inteiro, mas que  não mereceria sequer um nado raso. Gente desleal me causa repulsa e pena.

  1. Quem é a pessoa viva que mais admira?

Os anônimos que me cercam, repletos de humanidades. E o papa Francisco, figura pública que fala exatamente o que precisamos ouvir. Suas falas carregam uma mensagem de amor e tolerância, tão necessárias no dia de hoje.

  1. Sua maior extravagância…

Atualmente me permitir ser quem sou e acolher cada uma das minhas humanidades.

  1. Seu estado mental atual:

De inquietude.

  1. Virtude superestimada?

Acredito que vivemos em um tempo em que se exige produtividade e alta performance em demasia, como se precisássemos ser sempre produtivos e incríveis. Nada contra estes conceitos, mas acho extremamente importante também pararmos de superestimá-los, acreditando que eles, por si só sejam indicativos de felicidade e sucesso.

  1. Maior amor da vida…

A minha própria existência que me contempla diariamente com a companhia daqueles que amo.

  1. Qual é o talento que gostaria de ter?

Adoraria poder ter o dom de expressar sentimentos através da música, seja cantando ou tocando um instrumento. Infelizmente, nisso não tenho o menor talento.

  1. Se pudesse mudar alguma coisa em você, o que seria?

Gostaria de ser mais entusiasmada e amar exercícios físicos tanto quanto amo a literatura.

  1. Sua maior conquista?

Minha família. O companheirismo de um homem que entende sobre parceria e respeito e a família que criamos juntos. As minhas filhas são um presente diário com quem aprendo muito.

  1. Quais são seus escritores favoritos?

Dostoiévski (dos clássicos), Valter Hugo Mae (nos contemporâneos), Fernando Pessoa e Mário Quintana (na poesia).

  1. O que mais detesta?

Intolerância.

  1. Como gostaria de morrer?

De forma poética, cercada dos que amo, embaixo de uma figueira ou olhando o mar. Podia estar tocando Nessum Dorma também. Epifania pura.

* O Questionário Proust consiste em uma série de perguntas sobre a personalidade, conhecidas após a popularização das respostas do escritor francês que lhe dá o nome, Marcel Proust. Com temas que proporcionam a reflexão, o questionário favorece o autoconhecimento. Além disso, pode ser utilizado por quem busca compreender melhor outros – seu propósito inicial. 

Sua origem se deu no Reino Unido, durante a Era Vitoriana (de 1837 a 1901), a partir dos “confession books” (em português, “livros de confissões”), em que os participantes respondiam perguntas pessoais. As questões, que vão desde gostos a percepções, variavam de acordo com cada edição dos livros.

À pedido de uma amiga, em 1886, Proust, na época adolescente, respondeu pela primeira vez às perguntas de um destes álbuns, chamado Confessions. An Album to Record Thoughts, Feelings, etc.  Depois de sua morte, em 1924, quando ele já era reconhecido como grande escritor, o livro foi encontrado e seu conteúdo massivamente divulgado. Em 2003, o exemplar original respondido por Proust foi leiloado por cerca de 102 mil euros.

Por Douglas Petry e Neiva Schneider

Publicado na edição 49 da Revista Gente que Faz



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