Galvão Bueno e sua paixão, no Sul

“Os cavalos e os vinhos me aproximaram de vez do Rio Grande do Sul”

É em Candiota, na Campanha gaúcha, que se encontra a concretização dos quase 20 anos da paixão que Galvão Bueno cultiva pelos vinhos. Sua primeira produção veio de um gosto pessoal, um vinho tinto, de corte bordalês: o Bueno Paralelo 31, lançado com o espumante Bueno Cuvée Prestige, em 2010. O pronto sucesso de sua primeira realização incentivou-o na expansão do negócio. Veio, assim, a Bueno Wines! Apreciador de cavalos que sempre foi, é também sócio de criatório de cavalos em Pedras Altas.

Narrador esportivo há mais de quatro décadas, Galvão Bueno, conhecido nacional e internacionalmente, rodou por praticamente todos os países do mundo em razão de sua profissão, o que acabou por lhe proporcionar uma nova paixão: a cultura dos vinhos. E foi em terras portuguesas, espanholas, francesas e italianas que seu contato com a bebida foi mais intenso, fazendo com que começasse a se interessar pelo tema. “Com o tempo fui aprendendo a apreciar certos tipos de uva, descobri que uma safra é diferente da outra e acabei me apaixonando pelo assunto. Muitas dessas viagens eu conto no meu livro, o “Fala, Galvão!”, que lancei uns meses atrás.”

O conhecimento internacional levou Galvão a se interessar também pela indústria brasileira de vinhos. Assim, entrou em contato com produtores de nosso país e decidiu que essa nova paixão se transformaria em um negócio. “Em 2009, fundei a Bueno Wines e encontrei na Bellavista Estate, na região do Seival, na Campanha Gaúcha, o perfeito terroir do paralelo 31, a mesma latitude dos vinhos produzidos na Argentina, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul”, conta o narrador.

Galvão e Roberto Cipresso

Galvão destaca que desde o começo de 2015 tem passado mais tempo no Brasil, mas ainda continua com compromissos profissionais que o levam a viajar bastante, principalmente para Fórmula 1 e seleção brasileira. Mesmo assim, ele consegue acompanhar de perto o trabalho da Bueno Wines. “Na Bellavista, temos uma equipe enxuta e eficiente, que trabalha coordenada por mim e pelo Roberto Cipresso, nosso enólogo-chefe, na busca de padrões cada vez mais elevados de produção. A vinícola está linda, eu até queria passar mais tempo lá, mas pelo menos a colheita – a vindima, em janeiro – eu não perco.”

Casado com Desirée e pai de quatro filhos, o carioca, que hoje mora em Londrina, no Paraná, Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno, conhecido por todos como Galvão Bueno, com 65 anos completados em 21 de julho deste ano, faz, a seguir, um bate-bola para os leitores da Gente Que Faz.

 

Qual o tipo de vinho que você mais aprecia?

Galvão – Sou um consumidor habitual de vinhos e costumo dizer que o vinho que mais gosto é o que estou bebendo no momento. Aprecio os espumantes e os brancos, mas não posso deixar de confessar certa predileção pelos tintos.

Quando decidir encerrar a carreira como narrador esportivo, existe a possibilidade de você mudar-se para o Rio Grande do Sul com a família para que possa estar diariamente em contato com seu negócio?

Galvão – Não estou pensando em aposentadoria, gosto do que faço e há sempre novos desafios pela frente. Minha residência hoje é em Londrina, cidade onde posso me deslocar com facilidade tanto para os afazeres profissionais como para estar na Bellavista.

Além da Bellavista, você também tem cavalos no RS. Como iniciou essa proximidade com o Estado gaúcho.

Galvão – Sempre gostei de cavalos. Cheguei a fazer hipismo quando era jovem e tenho um sócio gaúcho, o Ivan Magalhães, e junto com ele montei uma criação de crioulos. O criatório é no interior do RS, no município de Pedras Altas, e chama-se Estância Santo Antônio do Cerro, que vai muito bem, obrigado! Os cavalos e os vinhos me aproximaram de vez do Rio Grande do Sul, terra de histórias fascinantes. Sinto-me bem nesse pedaço de Brasil e gosto de ir pessoalmente às feiras e leilões, tanto para fazer negócios quanto para ouvir os causos do rico interior gaúcho.

 

Por Andrea da Silva Spalding

Publicado na edição 25 da revista Gente que Faz

 



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