Transportadora Nimec: responsabilidade social pega carona na tradição de transportar

Publicado em 8 de janeiro de 2025

No CNPJ são 49 anos de empresa. Mas a história de amor pelo transporte de cargas já completa oito décadas na família Nicaretta. À frente da Nimec Logística e Transporte, o CEO Fábio Nicaretta conduz a terceira geração que encara a estrada não apenas como trabalho, mas como um compromisso com a sociedade

Tudo começa com Francisco Nicaretta, filho de imigrantes italianos, que fixa residência no interior de Lajeado. Em 1946, ele adquire o seu primeiro caminhão, um Ford 1946, fabricado nos Estados Unidos. Era o início de uma frota e o embrião da empresa Nimec que, em 1975, foi fundada pelo filho Reni Nicaretta. Quase cinco décadas depois, a Nimec, que hoje tem matriz em Estrela, se tornou uma das principais transportadoras do Rio Grande do Sul.

 

“Eu estou há 27 anos na Nimec, frequento a empresa desde que nasci. Nunca pensei em fazer outra coisa. Comecei a trabalhar com 17 anos para dar sequência e seguir com este sonho do meu pai. É uma empresa de família, com uma história bonita e me orgulho de dar continuidade”, revela o CEO Fábio Nicaretta.

Sob o comando de Fábio estão cerca de 100 colaboradores, entre motoristas e profissionais de logística. A Nimec tem filiais em Santa Catarina, Paraná e São Paulo e atende estes estados com o transporte de cargas fracionadas. Já com cargas completas, cargas refrigeradas, caminhões sider e furgões, atua em todos os estados do Brasil.

 

É uma logística e tanto, que exige investimento constante, busca por tecnologia e inovação. Hoje, os caminhões da Nimec contam com o sistema de telemetria, que permite observar como o motorista está dirigindo em tempo real. O acerto da viagem é feito conforme a performance que o motorista teve. É beneficiado, por exemplo, quem não cometeu excesso de velocidade ou freadas bruscas, usou o cinto de segurança e parou o caminhão no momento em que o sono começou a dar sinal.

“Incentivamos a boa conduta por meio de um prêmio, mas o intuito é trazer mais segurança ao motorista, preservar a sua vida e da família que depende dele muitas vezes”, coloca Fábio.

Este é apenas um dos recursos que a Nimec tem a favor dos resultados. Em recentes viagens à China e à Alemanha, Fábio conta que foi possível comprovar que a empresa não perde em nada para a tecnologia apresentada em grandes feiras do setor apresentadas nestes países.

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“Eu sou muito curioso e gosto de conhecer tudo que possa trazer uma melhor performance ao negócio. Temos muita tecnologia implantada e isso faz com que consigamos atender bem indústrias muito fortes da nossa região, do Rio Grande do Sul e de outros estados. Hoje, quando visito os clientes, eles elogiam muito mais do que reclamam. Isso é gratificante demais”, comemora o CEO.

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E para o futuro? Fábio espera tornar a empresa cada mais sustentável do ponto de vista ambiental, cuidar das pessoas que estão junto na jornada, trabalhar com eficiência, investir em tecnologia e gestão, com comprometimento social. E, com este compromisso, a Nimec embarca rumo aos 50 anos, que serão celebrados durante todo o 2025, e em tantos anos mais que estão por vir.

Na linha de frente na catástrofe climática

Quando se fala em comprometimento social, a Nimec passa longe de demagogia. Na pior catástrofe climática que assolou o Estado, a empresa se manteve aberta, mas para ser apoio.

No mês de maio, a Defesa Civil de São Paulo, além da Defesa Civil, Polícia Civil e Brigada Militar de Estrela, montaram um QG na sede da Nimec.

“Temos poço artesiano, gerador de energia e starlink. Então tínhamos água, energia e internet e, por 30 dias, a Defesa Civil de São Paulo permaneceu com sua base aqui. Todos os suprimentos que ela recebia eram trazidos para nossa empresa e daqui eram distribuídos para outras cidades da região”, recorda Fábio.

Além deste suporte, a filial da Nimec em São Paulo auxiliou no recolhimento de donativos que a empresa se encarregou de transportar para o Estado. Caminhões também foram cedidos para a prefeitura recolher pessoas em áreas alagáveis.

“Tem veículos nossos que ficaram embaixo da água e não estão rodando até hoje. Mas ninguém teve culpa daquele episódio e nós não iríamos fraquejar naquele momento.”

Tão complicado como foi aquele cenário, segue sendo a tarefa da empresa que depende diretamente da logística. Os caminhões enfrentam diariamente congestionamentos e restrições para circular nas estradas e atender as demandas dos clientes. Isso implica em maior tempo de serviço e mais gastos.

“E não vemos um final disso, não vemos uma normalização das estradas, não vemos nosso Estado voltar a ser parecido com o que ele era.”

Apesar dos percalços, Fábio se diz um “realista, mas com otimismo”. Da tragédia, ele guarda com orgulho uma medalha de honra, que recebeu da Defesa Civil de São Paulo, e uma bandeira do município de Estrela, que lhe foi entregue pela prefeitura. São formas de reconhecimento à empresa, que tem responsabilidade social como princípio, e não hesita em colocá-la em prática mesmo nas situações mais adversas.

 

Conteúdo publicado na edição 61 da revista Gente que Faz:

 

 

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